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Além da Família: As Novas Fronteiras das Constelações Sistêmicas

Por Gilclay Gomes de Abreu

“Se tudo é sistema, por que limitar o olhar apenas à família?”

As Constelações Sistêmicas nasceram no campo familiar, mas cresceram — assim como a própria consciência humana.
Hoje, o método se expande para novos territórios: empresas, escolas, tribunais, redes sociais, espiritualidade e até o campo digital.
Este artigo é um convite para olhar além das fronteiras da técnica e compreender que o campo sistêmico é vivo, dinâmico e universal.

Constelações Além da Família

  1. Organizacionais e de Carreira
    Revelam dinâmicas ocultas em empresas, equipes e projetos.
    Questões de liderança, pertencimento, heranças culturais e conflitos hierárquicos emergem de forma clara.
  2. Educacionais
    A Pedagogia Sistêmica traz às escolas o olhar de inclusão, pertencimento e vínculo, transformando o ambiente escolar em espaço de reconciliação.
  3. Jurídicas
    O Direito Sistêmico integra a escuta e o reconhecimento nas mediações judiciais, oferecendo novas perspectivas sobre justiça e reconciliação.
  4. Do Espírito
    Nessa dimensão, já não se trabalha por temas pessoais, mas em sintonia com o movimento do espírito, sem intenção, sem direção — apenas entrega.

Ética e Responsabilidade no Novo Campo

A popularização das Constelações trouxe também desafios éticos.
Nem tudo o que se chama “constelação” é fiel ao método.
Por isso, o constelador contemporâneo precisa manter três pilares:

  • Humildade diante do campo;
  • Enraizamento fenomenológico (observar, não interpretar);
  • Limites claros entre o fenomenológico e o psicológico.

“As constelações não se expandem para fora — elas se aprofundam para dentro.”

Novos Sistemas Humanos

O século XXI nos apresenta campos inéditos de relacionamento e pertencimento.
E o olhar sistêmico pode ser aplicado para compreender essas novas redes:

  • Relações digitais e vínculos virtuais – o pertencimento e a exclusão nos grupos online espelham as mesmas dinâmicas familiares.
  • Movimentos sociais e ambientais – constelar o planeta como um sistema vivo, do qual todos fazemos parte.
  • Tecnologia e consciência – como a inteligência artificial, as redes e os algoritmos também se tornam “campos de influência”.
  • Espiritualidade sistêmica – o olhar que reconhece um campo unificador onde tudo pertence, sem dogmas nem separações.

Esses são temas quase intocados, mas cada vez mais presentes nos grupos de consteladores que vivem o método como consciência expandida.

O Futuro: do Método à Consciência

As Constelações estão deixando de ser apenas uma técnica terapêutica e se tornando uma forma de viver.
O verdadeiro constelador do futuro é aquele que caminha constelado — vive atento, com presença, sem intenção, em sintonia com o que é.

“O espírito sopra onde quer. E quando sopra, tudo se transforma.”

Conclusão – A Humildade Diante do Campo

No fim, o trabalho sistêmico não é sobre dirigir o campo, mas sobre deixar-se mover por ele.
O constelador é apenas um instrumento.
O campo, esse tecido invisível que nos une, é o verdadeiro protagonista.

“O campo não é nosso. Ele apenas nos usa para revelar o que deseja ser visto.”

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